quarta-feira, 20 de junho de 2007

Pena de Mentira

Eu tenho amigos verdadeiramente geniais. Eu tenho a tendência a ver as outras pessoas como mais importantes, ou "melhores" na arte de viver que eu. E uma afirmativa não desmerece a outra.

Um desses meus amigos faz quadrinhos... tive a surpresa de lê-los ainda outro dia, e descobrir que algumas pessoas conseguem sim escrever como me sinto. E provavelmente não só como eu me sinto, mas como um milhão de pessoas por aí deve se sentir, esperando que um significado maior pra isso que chamam de "vida" lhes seja entregue, e descobrindo que, pois é, talvez não tenha sentido nenhum em viver. Descobrindo que são eles que têm que descobrir o quê e como fazer, e como enfrentar as coisas. Descobrindo que talvez Deus não exista, que talvez todos sejamos Deus e que nada disso importe. Descobrindo - ou resolvendo - como eu, que se não há garantia que alguém vai me assegurar, me ajudar ou me proteger, então eu deveria começar a fazer isso direito.

Descobri que pena não é o suficiente pra fazerem algo por você. E que, na verdade, todos se dizem tão bons e tementes a sei lá o quê, cheios de pena e amor e teorias de bondade para com os outros mas não conseguem nem olhar pro lado e ver que talvez aquela pessoa ali no canto, a quem todos encheram de rótulos e julgam tão mal possa estar precisando de ajuda - ou mesmo que ela possa ser digna de ajuda. Enfim... sabe aquelas visões paladínicas que alguns têm sobre as pessoas a serem ajudadas? Os pobres, os desvalidos, os sofredores que não têm poder suficiente pra se levantar, e são rebaixados, calados e condenados ao sofrimento por essa sociedade burguesa injusta? Então, eles são pessoas. E talvez se vocês os conhecessem, em vez de montar esse ideáriozinho infeliz pra fingir que sentem pena, e que pena faz alguma coisa por alguém, talvez vocês descobrissem que não consideram essa pessoa digna de ser ajudada. Não, não queremos você, seu bêbado sujo. Queremos um inocente pra ajudar. Saia da frente da minha bondade, sim?

É uma "pena" que só serve pra a auto-indulgência de bondade.

Nesses últimos dias eu descobri que sou feita de catarro. Sangue, catarro e algum humor - seja ele bom ou mal. E muita, muita baixo-estima foi diagnosticada também.

É justo deixar seus pais maltratarem você sob o pretexto que revolta contra isso é ingratidão? É justo ter que suportar tudo calado, pra poder ir pro céu? É isso que "Deus" quer de mim, que eu seja uma boa menina, que não fale palavrão, que ame a tudo e a todos? E quanto esse tudo e todos me fizer mal? Eu dou a outra face? Estampo um sorriso no rosto, passo a mão na cabeça, arrumo uma desculpa e finjo que não estou magoada? Isso vai me fazer uma pessoa melhor?

Decidi não deixar mais ninguém me magoar. Será que isso vai me fazer ficar sozinha? Maldita dificuldade em mandar tomar no cu...

Ah, sim, o blog do meu amigo: http://www.metafora.blogspot.com

A verdade está na internet! http://www.youtube.com/watch?v=hV76KXU1x6g

Mariana.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Ufanismo Universitário

Foram 4 dias ao todo. Era o JUCA (Jogos Universitários de Comunicação e Artes), reunindo 8 faculdades em meio a jogos e muita festa. Além da Cásper, Metodista, FIAMM, Mackenzie, PUCC, PUC-SP, FAAP e ECA-USP jogaram modalidades como futebol, futsal, volei, natação, handbol e rugby. No meio disso tudo, surgia com muito fervor entre os universitários, o amor pela faculdade.

Talvez seja porque foram 4 dias em contato com pessoas de todos os cursos, torcendo pela mesma faculdade, cantando e erguendo o bandeirão vermelho.

Talvez seja porque todo dia, na caminhada até os ginásios onde aconteceriam os jogos, eramos acompanhados por um verdadeiro exército de pessoas sobre as mesmas cores e por um carro de som que, além de guiar a caminhada, distribuía cerveja.

Talvez seja pela presença da bateria, que agitava torcedores e atletas, entoando cantos de incentivo à faculdade, e que, pela sua simples presença, já impressionava. Quem se esquece dos aplausos de todo o pessoal quando, no primeiro jogo, a bateria começava a tocar em meio ao silêncio, ou então das vezes em que tocavam o poderoso "louco, louco, eu sou da Cásper!".

Talvez pela presença das figuraças da Cásper Líbero, como o inigualável Homem Pássaro, capaz de voar pelas arquibancadas, derrubar o leão da ECA no estádio e "dançar com um pé só" na frente da torcida da Mackenzie. Ou então o Homem Grito, que inflamava a torcida nos jogos e nas baladas, cantando o clássico "what a wonderful world".

Talvez pelo fato de que a balada do alojamento, a qual só casperianos participam, tenha sido a melhor festa do JUCA. Com presença de uma banda, e regada a muita discotecagem de variados rítmos, foi a noite mais animada. Além da presença também, na primeira balada, organizada pela Liga Universitária, do ex-estudante da Cásper Sérgio Mallandro!

Talvez ainda, pela raça e garra com que os atletas de vermelhor levaram a Cásper até sua melhor colocação geral em todas as edições do JUCA: 2° lugar. Isso porque pontos foram perdidos por conta de bombas estouradas em jogos e brigas causadas. Por um momento, lideramos o quadro geral.

Provavelmente o esse ufanismo universitário atingiu membros de todas as faculdades ali presentes. Dava pra notar quando na rua se cruzavam duas cores diferentes: muita rivalidade. É nessas horas que, mais do que nunca, dá orgulho. É como disse Sérgio Mallandro: "Ráá, IéIé, Gluglu, eu sou feliz porque sou da facul (Cásper!!)"

viva o JUCA e viva a Cásper. É por isso que só eu sei porque não fico em casa.

Por Danilo Vital